
Eu como fã de Rock’n’Roll logicamente amo os filmes com a
temática. Alguns deles conseguem de uma forma incrível fazer com que eu me
sinta verdadeiramente entrando numa máquina do tempo e voltando aos anos 60-80.
Gosto desses filmes não só pelos sentimentos que me passam, mas porque também,
é uma forma de presenciar o que aconteceu sem ter vivido. Um dos filmes que
explora tudo isso de uma forma fantástica é “Quase Famosos” dirigido por
Cameron Crowe em 2000, que ainda impulsiona essas sensações por ser um filme praticamente autobiográfico.
No filme acompanhamos um pouco da vida de William Miller, um
garoto de 15 anos, fã de rock, que tem a
oportunidade de escrever para a revista mais importante dos Estados Unidos, a
Rolling Stone, acompanhando a turnê da banda fictícia Stillwater.


Durante o desenrolar da história vemos William ter
verdadeiro conhecimento sobre o mundo pelo qual ele era tão apaixonado,
conhecer as groupies, assim como se apaixonar por uma, Penny Lane (Kate Hudson), que também é baseada em uma paixão
do diretor. O filme meio que faz uma
interseção entre as vidas dos dois, acompanhamos os descobrimentos de William,
juntamente com a preocupação e remorso de uma mãe severa, os sentimentos de Penny e o
que havia por trás de uma roadie “libertina”.
As vidas dos dois cruzadas com a “curtição” dos primeiros anos do rock, a realidade
por trás dos bastidores dos shows, as disputas entre as bandas e seus
integrantes...
“Quase Famosos”, assim como todo filme com temática rock, tem uma
trilha sonora espetacular, assim como cenas épicas. Como a já falada cena de
transição de William com os discos, e a cena mais bela do filme, quando todos no ônibus cantam
em coro a música “Tiny Dancer” de Elton John, que ainda hoje me arrepio ao ver.
“Famosos” é muito mais do que um filme “de rock”. É uma
história sobre sentimentos, brigas, e acima de tudo, a história de um jovem
como você, ou como eu. É a história de um menino que descobriu o rock na
infância e quer “viver” falando sobre ele, que se entristeceu ao ver certas coisas
no meio. É a história de como jovens causaram transtorno em suas casas numa
época de quebra dos padrões. É também uma história sobre deuses imperfeitos,
sobre decepções amorosas, sobre desiludidos musicalmente (Lester Bangs). É uma história sobre música, é a história de uma época de gigantes.
O texto ficou meio sentimental demais, mas relevem...
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