sexta-feira, 22 de março de 2013

Wayne's World (Quanto mais idiota melhor)... Quanto mais divertido melhor.



Amo essas comédias dos anos 90, e mesmo de certa forma desprezando, gosto até de alguns “besteiróis”. Tenho até uma revelação a fazer... Sou fã de "Todo Mundo em Pânico" (os dois primeiros.). 
Tanto essas comédias “rocker” dos anos 90 quanto clássicos "teen" fazem com que eu me sinta uma eterna criança ou uma eterna adolescente (ainda sou adolescente).   
Um filme que é definitivamente um clássico nesse estilo é Wayne’s World, de 1992, que com um péssimo gosto, foi traduzido para o Brasil com o nome “Quanto mais idiota melhor”. Wayne’s World é um filme visto por muitos como apenas um filme de comédia rock, e mesmo sendo exagero dizer que ele é muito mais que isso, poderia dizer que é um dos melhores, se não o maior clássico de comédia adolescente dos anos 90.  
Wayne Campbell (interpretado por Mike Meyers) é um jovem fã de Heavy Metal que mora na casa dos pais no subúrbio de Chicago. Wayne apresenta um talk show via cabo no porão da sua casa com seu melhor amigo: Garth (Dana Carvey), e outros amigos que trabalham nos bastidores. Garth , representa no filme, juntamente com Wayne, a imagem de rockeiro alienado, geração Coca-Cola, MTv...
O programa apesar de ser independente, é bem popular, tanto que acaba chamando a atenção do empresário produtor de TV Ben Oliver (Rob Lowe), que lhe faz uma proposta para apresentar o programa na sua rede de TV, uma oportunidade de ouro para eles que iam deixar de fazer o programa apenas por prazer e passariam a ganhar muito dinheiro, e talvez realizar o sonho de Wayne que era ganhar a vida com o “Mundo de Wayne”. Wayne e Garth têm agora um programa de grande público. Mas com o programa tomando maiores proporções acontece o que já podemos esperar, sentem o gosto da fama, oportunidades de conhecer astros e mulheres, e o controle do programa, o velho “adaptar-se ao que faz sucesso”.



O filme muitas vezes tem piadas sem graça e até mesmo idiotas, um humor besta, que é acentuado pelas cenas em que temos Wayne falando em direção à câmera, para o público, isso é muito legal. Tudo isso é marca do filme, Wayne falando “conosco”, a bobagem até mesmo exagerada de Garth, assim como o humor que diferente de outros filmes do gênero, não soa natural, é bem aquela coisa: Estou tentando ser bobo e engraçado. 
Como todos os filmes que tem uma temática rock no meio, temos uma trilha sonora fantástica, assim como cenas épicas, como a cena do carro em que cantam Bohemian Rhapsody, e uma em que temos o encontro de Wayne e Garth com  o grande Alice Cooper.
Em 1993  foi lançado o segundo filme, que também é muito bom, talvez até melhor que o primeiro, mas não me arrisco. Dessa vez Wayne está famoso na cidade devido ao seu programa, tem uma visão com “Jim Morrison” que o aconselha a fazer um festival de música, então temos o desenrolar dos preparativos para o “Waynestock”. O segundo é mais “viajoso”, e também nos faz críticas a algumas coisas, com suas piadas bobas, mas inteligentes.
Waynes World é um filme que encanta não apenas por divertir, por ser engraçado, mas pelo que ele nos lembra. E tenho que copiar o que um rapaz chamado Chico Rodrigues comentou (e adivinhou meu pensamento) sobre ele no Filmow: 

“Acho que o principal fator que leva as pessoas a não apreciarem direito esse filme é a de tentarem consumir outro "filme rock", e não sacarem que é justamente esse universo (da geração roqueira MTV que encontrou a idade adulta nos anos 90) que está sendo satirizado ao mesmo tempo em que é homenageada. As piadas são de uma inteligência finíssima, só que vem em uma roupagem tão absurdamente despretensiosa que muitas vezes passam batidas. Declarar-se fã desse aqui é assumir o Wayne interior, assumir que a cultura pop é feita para ser devorada sem esse medo idiota de "corrupção intelectual" que assola os apreciadores de música e filmes hoje em dia. E que o constrangimento social eventualmente gerado por declarar seu amor imortal pela parte pesada de "Bohemian Rhapsody" é um preço pequeno a ser pago. A vida é curta.”

Waynes World ensinou, ou lembrou a uma geração o que é a curtição, a eterna adolescência, ou até mesmo infantilidade, as saídas com os amigos apenas para zoar, ou horas “jogadas fora” apenas conversando besteira ou discutindo “o sexo dos anjos”. Ou porque não diria, uma simples atividade como sentar-se para comer besteiras e apreciar um som. E mostra também, que talvez algumas idiotices sejam necessárias...

 
  

Um comentário:

Sara disse...

Lembro deste filme há muitos anos atrás, eu acho que é sempre bom voltar a ver as coisas quando você era pequeno, eu espero ser capaz de continuar vendo essas coisas em algum ponto ou apenas lendo esses blogs, enquanto eu estou comendo em restaurantes em sao paulo