Ah, o metal! Aquele gênero musical visto por muitos como
apenas um estilo barulhento, escutado por jovens alienados. Um gênero conhecido
pelo comportamento fanático de seus adeptos, que enlouquece milhões de pessoas
pelo mundo afora...

Sam Dunn é um apaixonado pelo metal desde os 12 anos, decidiu
estudar antropologia justamente pela intenção de estudar o comportamento social. Então aos 30 anos, após estudar diversas
culturas, decidiu ir para aquela por qual é apaixonado desde a adolescência: O Heavy
Metal, em suas variadas vertentes.
Sam embarca em uma jornada com a intenção de
desvendar o que faz com que essa vertente musical seja capaz de enlouquecer e
fascinar tantas pessoas, bem como influenciar tanto em seu comportamento.

O documentário aborda a questão da sexualidade, do satanismo
no metal, em que posso falar das partes em que o mestre Dio fala sobre isso, mostrando o
quanto a religião é um assunto que permeia o gênero. Ele nos conta a história do famoso chifrinho
(já citado como saudação ao demônio!). Fala realmente sobre toda essa
questão do obscuro, do diabólico, e como isso foi uma forma de “ir contra a corrente”.
Nessa parte até descobri que eu não fui a única que fiquei com “medo” quando
escutei o Venom pela primeira vez.
Outro ponto que achei muito interessante foi a abordagem de
toda essa questão sexual no rock/metal.
Estavam lá caras tocando para um público 95% masculino, mas com calças
apertadíssimas, roupas bem reveladoras, toda uma atitude sensual de certa
parte das bandas, mas estavam se sentindo os másculos, os fortes, os viris, e
eram vistos assim pelo público. Rob Halford tinha uma aparência a lá Village
People, mas não havia um ser que
pensasse que ele era gay.
O filme ainda traça uma espécie de árvore genealógica que
vai se montando durante o decorrer do mesmo. E também visita as bandas de Black Metal
norueguesas (talvez a única parte realmente satânica da coisa).

“E aqui estamos, 35 anos depois que o Black Sabbath tocou
pela primeira vez a nota do Diabo, e a cultura do metal segue prosperando. Uma
nova geração de fans surgiu, e a velha guarda segue resistindo. Mas empreendi
esta viagem para responder uma pergunta: Por que o Heavy Metal têm sido
constantemente estereotipado, repelido e
condenado? E o que tenho claro, é que o metal confronta o que preferimos
ignorar, celebra o que muitas vezes renegamos, e é indulgente com aquilo que
mais tememos. E é por isso que o metal sempre será uma cultura de
marginalizados.
(...)
Desde que tinha 12 anos, tive que defender meu amor pelo
heavy metal contra quem o classificasse de forma de música “barata”. Minha
resposta agora é que ou o sente ou não. Se o metal não te provoca essa
envolvente sensação de poder, e não faz com que se arrepiem os cabelos da nuca,
talvez nunca o compreenda. E sabe o que mais? Tá tudo ok. Porque, a julgar
pelos 40.000 metalheads que me rodeiam, estamos bastante bem sem você.”
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