quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Analisando a infancia - Minha vó

"Porque as vezes é preciso encarar nossos monstros."



A culpada por mais, muito mais da metade dos meus traumas com certeza foi a minha vó paterna que me criou desde os primórdios da minha existência. Se digo pra alguém que fui criada por avó, a pessoa já fica falando que eu fui/sou mimada. Ledo engano queridos e maravilhosos leitores(a).


Na verdade guardo uma coleção de trágicos incidentes ocorridos na minha infância que envolviam a dita cuja.


Hoje não tenho nenhum rancor dela, pois não sou disso. Ao contrario, até agradeço por ela ter me criado ou eu não estaria aqui hoje. Quer dizer, há controvérsias no que falei agora. Entendo que a falta de tempo, o estresse por ter de cuidar sozinha de filhos adolescentes e vários netos todos com personalidade forte transformou-a numa pessoa rancorosa, ignorante e ranzinza. A mulher era uma panela de pressão a ponto de explodir a qualquer momento. E lembrando que eu não fui à única vitima.


Ela tinha uma dor de cabeça estranha, todos os dias. E não conseguia ficar muito tempo sem efeito de analgésicos melhoral era o mais tomado. Quando isso acontecia coitado de quem estivesse perto.


Se algum de nós (entre filhos e netos) nos machucávamos na rua, devido a queda ou briguinha quando chegávamos em casa chorando ao invés de perguntar o que tinha acontecido ela já pegava a palmatória e começava a bater na gente. Ela aos gritos – ta vendo, se não ficasse correndo feito doido(a) pela rua isso não tinha acontecido – ou – quem mandou ficar brigando na rua infeliz.


Tudo, qualquer coisa, as mais absurdas eram motivos de uma boa surra. Apanhávamos quase todos os dias.

Um dia ela me bateu porque eu quebrei um copo, daqueles de extrato de tomate. Porra vó, era só um copo, um misero copo que escorregou da minha mão. Juro que não fiz por querer..


Não adiantava fugir, isso a deixava mais enfurecida e quando ela nos pegava era beeem pior.


Se um estivesse apanhando e outro ficasse rindo, apanhava também.


Qualquer semelhança com aquele filme Muito gelo e dois dedos d’agua é mera coincidência.

Depois conto mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

eitcha menina trabalhadora!!!heheheh